Aprender a jogar xadrez não é tão difícil quanto aparenta. É claro que para chegar entre os melhores, assim como em todas as atividades, é necessário dedicação e estudo.
O xadrez pode ser praticado por pessoas de qualquer idade. Um enxadrista (jogador de xadrez) pode começar a jogar quando garoto e seguir jogando até o fim da vida. Outro ponto importante é que o xadrez não requer muitos equipamentos, para sua prática. Um jogo de peças e um tabuleiro são suficientes.
No senso comum, o xadrez é visto como mais uma forma de entretenimento que o homem inventou para não ficar às vezes no ócio total, e há quem diga, com muita boa vontade, que o xadrez é o lazer dos intelectuais.
A natureza e a utilidade do xadrez não podem ser conceituadas de forma tão simplista, pois se trata de uma das formas culturais que acompanha o homem em boa parte de sua trajetória histórica. Além disso, o xadrez, com sua linguagem universal, é sem dúvida alguma um fator de integração entre os povos, e esta integração não se restringe somente ao
político, geográfico e esportivo, pois esse jogo em muito tem colaborado com outras áreas do saber, bem como tem recebido valiosas contribuições de outras artes e ciências.
O valor do jogo como elemento educacional é um fator reconhecido e que não necessita ser mais discutido, embora deva ser sempre lembrado. É através do jogo que podemos estabelecer possibilidades muito variadas para incentivar o desenvolvimento humano em suas diferentes dimensões.
Para viver em sociedade hoje, é preciso muito mais que o simples conhecimento sobre diversas disciplinas. É necessário fazer a articulação desse conhecimento com o cotidiano, preparar-se para tomar decisões em situações que exigem raciocínio rápido. Investir em alternativas educacionais voltadas para esse pensamento é acompanhar a evolução do modelo social em que vivemos, contribuindo para sua adequação as necessidades humanas.
Hoje deter o saber historicamente acumulado não tem significado no nosso dia-a-dia, enquanto simples aquisição de conhecimento. A dinâmica social nos obriga a pensar constantemente em soluções para problemas cada vez mais imprevisíveis e urgentes.
A criatividade para as soluções desses problemas tornou-se muito mais importante do que saber respostas prontas, isto é, o caso não é adequar o problema às respostas, mas sim solucioná-lo de maneira inovadora.
Assim como é necessário encontrar essas respostas é necessário também, que a educação como um todo busque soluções para contribuir na formação de indivíduos capazes de encarar novos problemas que estão por surgir, e mais do que isso, saber que o sentido das suas ações deve estar voltado para o trabalho coletivo internalizando a lógica do bem comum
como fator mais importante no convívio social. Nesse sentido a oferta de curso de xadrez nas escolas públicas estaduais, vem se somar a esse esforço educacional em que o país inteiro está envolvido. As características desse jogo, que também é ciência, esporte e arte, estão diretamente relacionadas à formulação de estratégias para solução de problemas e agregada a uma proposta pedagógica estruturada; visa, sobretudo, garantir a educação integral e de qualidade que tanto buscamos:
desenvolvimento intelectual e psíquico dos alunos, fornecendo uma atividade sadia para a mente dos estudantes, dando-lhes uma agradável opção ativa.
Associado ao fator conhecimento está também o caráter social do projeto que oportuniza a abertura do espaço escolar para que os alunos estejam por um período maior sob os cuidados da escola e menos expostos às companhias e influências do convívio das ruas.
A falta de concentração, o desenvolvimento do raciocínio lógico e a iniciativa para buscar soluções para problemas que surgem no cotidiano são os principais pontos que devem ser trabalhados em nossos educandos e a prática de xadrez pode ser um ponto chave nessa árdua tarefa da escola.
A ARTE DO XEQUE-MATE NA ESCOLA